Em um mercado tão competitivo, mutável e que age com margens muito apertadas como o varejo, as empresas buscam, constantemente, soluções que facilitem suas operações e aumentem os lucros. E nesse cenário, recorrer à tecnologia permite a elas realizarem suas atividades de forma mais eficiente. O estudo mundial 2017 Retail Vision Study (Visão para o Varejo) aponta que 70% dos varejistas estão dispostos a investir em tecnologias da IoT (Internet das Coisas) em suas lojas até 2021.
A IoT vai impactar de forma significativa a experiência de compra do consumidor e melhorar a excelência operacional do varejo. “Os varejistas que utilizam a tecnologia de forma inteligente estão sempre na frente e conseguem ampliar resultados e diminuir as perdas, aproveitando da melhor forma o potencial de seu negócio”, afirma Luiz Fernando Sambugaro, diretor de Comunicação da Gunnebo, empresa de origem sueca e referência na proteção eletrônica para o varejo brasileiro.
Segundo a consultoria Gartner, serão 26 bilhões de produtos inteligentes e conectados em uso em 2020 em todo o mundo. E um setores mais beneficiados, de acordo com a PricewaterhouseCoopers (PwC), será o varejo. A mesma tecnologia que auxilia nas vendas também está à disposição para prevenir perdas. Nesse cenário, o varejo nacional vem tentando inserir a tecnologia em suas operações com o etiquetas e cadeados eletrônicos, contadores de fluxo, cofres inteligentes e sistemas de monitoramento no PDV. “No passado, a tecnologia era muito restrita aos grandes varejistas. Hoje, com a nuvem, as soluções tecnológicas ficaram mais acessíveis para o pequeno e médio varejista. E, definitivamente, a questão prevenção de perdas deve ser discutida por toda empresa, independentemente do seu tamanho”, justifica Sambugaro.
Produtividade, segurança e gestão dos processos – A tecnologia tem como objetivo o tripé produtividade da mão de obra e conhecimento do cliente, maior segurança das informações e de produtos e otimização e gestão sobre os processos. “É impossível gerenciar um negócio sem uma base de dados confiável, que reúna informações sobre as operações e os clientes. Além de vender, também é extremamente essencial controlarmos as perdas”, diz o diretor da Gunnebo.
Segundo o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), as perdas nas atividades de comercialização de bens associadas a roubos, furtos e problemas operacionais atingiram a marca de 2,25% do faturamento das varejistas brasileiras em 2016. Somente no setor supermercadista, as empresas tiveram perdas de R$ 7,11 bilhões.
Para reverter esse cenário de perdas, Sambugaro ressalta que a tecnologia é um dos principais fatores para evitar prejuízos, além de técnicas de gestão e engajamento da equipe, que podem diminuir as perdas em até 80%. A tecnologia escolhida, de acordo com ele, deve ser atualizada, compatível com o negócio, de origem confiável e de razoável custo-benefício favorável ao seu empreendimento.
Tecnologias indispensáveis para o varejo – O controle de acesso em estabelecimento é uma importante tecnologia que contempla melhorias na gestão e constrói uma boa experiência de compra para o cliente. Com os dados, o varejista pode tirar diversas conclusões sobre o movimento da sua loja e planejar ações imediatas. “Conhecendo o fluxo de clientes é possível, por exemplo, preparar sua equipe de vendas de acordo com o comportamento de entrada ao longo do dia e programar os melhores horários de folga”, justifica Sambugaro.
Outra solução tecnológica de destaque é o Gatecash, uma ferramenta de gestão cujo principal objetivo é reduzir as perdas no checkout e melhorar os processos realizados na frente de caixa. Ele cruza as informações de imagem e áudio com os dados registrados, monitora as atividades no PDV, além de reduzir as fraudes, torna cada vez mais fácil e acessível controlar o atendimento e a produtividade dos caixas.
Segurança na área da tesouraria – O uso da tecnologia para gestão de numerário, como os cofres inteligentes, permite ao varejista, por sua vez, ampliar a produtividade da loja ao mesmo tempo que reduz os riscos de perdas por fraudes ou furtos internos. Com eles os varejistas conseguem acompanhar e controlar, em tempo real, tudo o que ocorre com o dinheiro da loja.
No aspecto segurança, os cofres inteligentes oferecem proteção não apenas física, mas também digital. Enquanto a proteção física do dinheiro reduz riscos de assaltos, a segurança digital impede qualquer acesso não autorizado e permite auditar todas as operações realizadas. Sem contar com a facilidade de impedir golpes, através da detecção de notas falsas.,
Fonte: Newtrade