Não é por acaso que o Tinder se tornou uma das maiores startups da atualidade. Sua interface simples, que permite a tomada de decisões de forma fácil com apenas um arrastar de uma imagem para um lado ou para outro da tela do celular, transformou o mercado. Desde então surgiram vários apps com o perfil do Tinder – já falamos aqui do ‘Tinder’ das eleições e do ‘Tinder’ para cachorros.
Uma das novidades com esse perdil é o app Bwid, que funciona como uma espécie de “Tinder dos restaurantes e foodtrucks”. A plataforma, que por enquanto só tem versão para o sistema iOS (uma versão para Android está prevista para ser lançada em até duas semanas) utiliza um sistema de geolocalização para a buscar os restaurantes próximos ao usuário e exibe os resultados em cartões com um resumo sobre o lugar. O perfil mostra foto, preço médio, quantas pessoas com o app instalado foram ao local, a distância, os meios de pagamento aceitos no local e uma breve descrição .
Depois de conferir tudo, basta o usuário escorregar o cartão para a esquerda, para recusar a sugestão e ver a próxima, ou para a direita, para confirmar o interesse de ir até o local. Nesse caso, o app abre uma tela com um mapa e traça uma rota do local onde o usuário se encontra até o restaurante. Também há um botão “telefonar para o local”, caso o usuário queira tirar alguma dúvida diretamente com o restaurante. “Essa é a nossa primeira versão após o protótipo. Estamos atualizando várias ferramentas para criar filtros melhores. Também fazemos parcerias com restaurantes ou eventos, como a Restaurant Week, para mostrar mais opções na plataforma”, diz Thiago Capelo, cofundador da startup.
Modelo de negócio
A Bwid é a terceira empreitada de Capelo no empreendedorismo, junto com mais três sócios. “Nós identificamos que a maioria das plataformas do tipo que existem hoje não tratam o restaurante como cliente e falham em entregar mais do que um usuário”, explica. Para atacar essa questão, a Bwid criou uma plataforma que gera inteligência para os restaurantes.
O cadastro e uso da plataforma por usuários e restaurantes é gratuitos, mas os estabelecimentos têm a opção de pagar por uma versão premium, na qual podem criar promoções, destacar seu cartão na plataforma para atrair clientes em horários de pouco movimento e ver dados sobre o perfil dos seus visitantes e a receptividade de sua empresa no aplicativo, como, por exemplo, quanto tempo um usuário gastou lendo seu cartão e quais informações avaliou.
O aplicativo já tem 1,4 mil restaurantes cadastrados e 150 usuários ativos por dia na cidade de São Paulo. Também há alguns estabelecimentos cadastrados no Rio de Janeiro e no Sul do Brasil. A meta é expandir o acesso do aplicativo para outras cidades e estados. Há também conversas para levar o aplicativo para outros países, afirma Capelo.
Entre as melhorias futuras previsas estão criar filtros para ver estabelecimentos também em outras regiões fora do local onde o usuário está e parcerias com outras startups para oferecer serviços como chamar um táxi para ir até o restaurante.
E se você, como eu, estiver se perguntando por que a startup se chama Bwid, Thiago explica: “É uma referência a palavra Bwyd, em galês, que significa comida”.
Fonte: ESTADÃO